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O babismo é o nome dado no ocidente a religião messiânica fundada na Pérsia em 1844, por Siyyid 'Ali-Muhammad, auto-entitulado, o Báb, que significa "a Porta" pois considerava-se como "a porta que conduz para o conhecimento da verdade divina". O babismo foi um movimento revolucionário e reformador da tradição islamica estabelecida.

História da Fé Babí[editar]

Santuário do Báb em Haifa, Israel

Inicialmente os Babis eram destritos como observadores da sharia islâmica. O Livro "Rituals in Babism and Baha’ism", de MacEoin, Denis, registra a seguinte passagem de Báb: "O que Muhammad declarou lícito, permanecerá lícito até o dia do Juizo, e o que ele declarou ilícito permanecerá ilícito até o dia do Juizo."

Entretanto em 1848 a história da Fé Babi sofreu uma mudança brusca quando seu fundador, clamou ser ele mesmo o Qa’im, o Imam prometido do Islam que chegaria no fim dos tempos. O movimento Babi tornou-se então um movimento estritamente reformador e revolucionário.

A reação do clero muçulmano foi forte e imediata. Báb assim como seus seguidores foi humilhado, difamado, agredido, preso, espancado, encarcerado e finalmente executado em praça pública. Em um período não aior de cinco anos cerca de 20.000 de seus seguidores morreram em uma série de massacres violentos por toda a Pérsia. Os restos mortais do Báb repousam hoje em israel, sob uma cúpula dourada na Baía de Haifa.

Prática religiosa[editar]

A perseguição que os babís sofreram, se deve principalmente a natureza essencialmente revolucionário desta nova Fé. O Báb estabeleceu novas práticas de oração e jejum e aboliu as orações congregacionais. Também escreveu uma série de cartas e livros que segundo seus seguidores superaram e explicaram o Alcorão assim como também compôs uma enorme variedade de orações e instruiu seus seguidores sobre novas práticas religiosas, como por exemplo:

  • Aboliu o uso de véus entre as mulheres.
  • Trocou a saudação islâmica allahu akbar (Deus é o Grande) por allahu abha (Deus é o Glorioso)
  • Permitiu o uso de anéis, lápides e tatuagens.
  • Reformou as leis de matrimônio, divórcio e herança.
  • Pregou a demolição das antigas mesquitas construção de novos locais de adoração.
  • Modificou a Caaba para a casa do Báb em Shiraz, na Pérsia.
  • Clamou pela destruição de literatura de legislação islâmica feita por homens.
  • Ensinou a peregrinação para lugares sagrados específicos da Fé Babí.
  • Modificou a Lei de Pureza, incluindo permissão dos homens para o uso de ouro e seda.
  • Criou um novo calendário, baseado em 19 meses de 19 dias cada.

Muitas das exigências da Fé Babí nunca foram implementadas, e na verdade uma sociedade Babi, nunca foi completamente construída uma vez que muitos de seus preceitos estavam baseados na destruição da então atual sociedade e construção de um novo sistema.

Doutrina religiosa[editar]

Segundo os babis, o objetivo de todas estas mudanças bruscas na prática religiosa, anunciava o fim da Charia Islâmica e o início de uma nova Sharia. De fato, a incessante mensagem de seu fundador era que ele mesmo tinha a missão de preparar a humanidade para a vinda de um outro manifestante de Deus, muito maior do que ele em glória e autoridade e que em breve viria a se manifestar. Atualmente existem poucos babis no mundo, conhecidos como azalis, pois a grande maioria de seus adeptos aderiu a Fé Bahá'í, a partir do anunciamento da missão de Bahá'u'lláh em 1863.

O Bayan Persa[editar]

O Bayán (Exposição) Persa é o livro sagrado da Fé Babí. Foi escrito em persa pelo Báb enquanto era prisioneiro na fortaleza conhecida como Máh-Kú. O Bayan Persa é composto de nove Vahíds (Unidades) com dezenove capítulos cada uma perfazendo um total de oito mil versículos. Trata-se de um monumental repósitório de leis cujos objetivos principais era:

  1. Revogar leis do Islã, embora sustentando a missão divina de Maomé. Do mesmo modo que Maomé, antes reconheceu a origem divina de Jesus Cristo, mas abrrogou alguns preceitos do evangelho.
  2. Fornecer uma interpretação revolucionária para o significado de certos termos e figuras que ocorreram freqüentemente nos livros sagrados de eras anteriores.
  3. Tecer os mais nobres elogios para "Aquele que Deus tornará Manifesto." , preparando assim seus seguidores a reconhecê-lo e recebé-lo quando Ele chegar.