Anis, O Companheiro

A obra Anis, O Companheiro, é uma biografia de um dos seguidores mais destacados do Báb, que ofereceu a sua vida para ser sacrificada junto com o Báb que tinha sido condenado a execução. Este livro é uma obra do autor Rouhulláh Mehrabkhani.
História[editar]
Essa obra descreve uma assombrosa tragédia que prenunciava o início de uma revelação de tamanho jamais contemplada. O Báb, o precursor da Fé Bahá'í, fora martirizado cruelmente. Junto a Ele, um jovem devoto, Seu discípulo, havia oferecido sua vida no altar do sacrifício, para demonstrar a um mundo incrédulo que o amor ainda não fora convertido nas cinzas das chamas do esquecimento. No momento em que o regimento disparou sobre o Báb, este jovem de nome Mírzá Muhammad- 'Alí mantinha-se abraçado, por sua própria vontade, a seu Bem-Amado, convertendo-se em seu escudo protetor contra centenas de balas mortíferas. A vida deste jovem enamorado é bastante desconhecida no Ocidente, uma vez que são poucas as referências sobre ele encontradas nos anais do princípio da Fé. Daí a expectativa que o presente livro despertará no leitor, pois constitui um relato apaixonado da meteórica existência de Mírzá Muhammad- 'Alí-i-Zunúzí e uma terna descrição do êxtase sentido pelo Ser Amado, o Báb. Além de um mero relato dos acontecimentos, o autor tratou de analisar as atitudes e os sentimentos de um dos milhares de mártires, que com seu sangue, regou a árvore divina desta exaltada Causa.
Origem[editar]
Nos primeiros anos da revolução islâmica do Irã, a Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá 'ís deste país distribuiu exemplares deste livro entre os numerosos bahá'ís que se encontravam injustamente encarcerados por manter suas convicções religiosas, como uma ajuda nos terríveis momentos de prova que estavam sofrendo. A vida do apaixonado Zunúzí se convertia assim numa refulgente luz no caminho dos novos crentes. Escrita no estilo clássico farsí, no qual as frases transbordam em metáforas, poesias, versículos do Alcorão e tradições islâmicas, houve um cuidado para que a obra não perdesse seu lirismo original, estremecedor, belo e cheio de imagens místicas ao ser traduzido para um idioma ocidental. Tarefa árdua que, se cumpriu seu objetivo, foi devido ao estímulo constante e a valiosa revisão do próprio autor, o sr. Mehrabkhani, e a inestimável ajuda do sr. José Luis Marqués na adaptação das referências poéticas.