Eliminação dos preconceitos
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A eliminação de todas as formas de preconceitos é um dos princípios da Fé Bahá'í. Tem a finalidade de direcionar os esforços humanos em prol do progresso e bem-estar da humanidade, e visa combater toda forma de discriminação seja ela de raça, pátria, credo, classe social, etc. É também um dos considerados pré-requisitos para a "busca individual da verdade", um outro princípio da religião Bahá'í.
Preconceitos de raça e pátria[editar]
Por sentimentos de superioridade, muitos conflitos e injustiças ocorreram devido à crença de que uma raça ou país é superior a outro. Ainda levando em consideração a convicção da sobrevivência do mais forte como um impulso principal. A educação é a melhor forma de empoderar o ser humano a enxegar beleza nas diferenças, a Fé Bahá'í enfoca que a origem dos males é a falta de conhecimento, considerando dessa forma, a ausência do conhecimento como origem de todos os preconceitos. No intercurso da educação, Bahá'u'lláh ensina que cada indivíduo possui maravilhosas capacidades inatas, e pode desempenhar nobre papel no mundo humano, e que no lugar de empobrecer virá a enriquecer e completar a vida de todos os outros membros.
"A respeito do preconceito de raça, é uma ilusão, uma pura e simples superstição, pois Deus nos criou a todos de uma mesma raça... No começo também não havia limites e fronteiras entre os vários países; nenhuma parte da terra pertencia mais a um do que a outro povo. Aos olhos de Deus, nenhuma diferença há entre as várias raças. Por que deve o homem inventar tal preconceito? Como podemos apoiar uma guerra causada por tal ilusão? Deus não criou os homens para que destruíssem uns aos outros. Todas as raças, tribos, seitas e classes participam igualmente das graças de seu Pai Celestial."[1]
Nocivo ainda, e grande obstáculo à paz é considerado o preconceito político ou patriótico. Já passado o tempo de dominação e possessões territoriais, os interesses e domínios ainda persistem de diversas maneiras, seja econômico, político, social ou cultural - onde tanto a decisão dos governos de grandes nações, quanto o sentimento extremamente patriótico de seus cidadãos tem sido origem de dissenções e falta de cumprimento de acordos no campo social. A Fé Bahá'í não condena o patriotismo, mas o patriotismo ignorante - não é considerado mal algum um especial amor à terra natal, que é fruto de um patriotismo inteligente, visando antes sempre o bem-estar humano aos interesses políticos, e ainda considerando interesses globais acima dos interesses nacionais.
"A ordem mundial só pode ser fundada sobre uma consciência inabalável da unidade da humanidade, uma verdade espiritual que todas as ciências humanas confirmam. A Antropologia, a Fisiologia e a Psicologia reconhecem uma só espécie humana, ainda que infinitamente variada no que se refere aos aspectos secundários da vida. O reconhecimento desta verdade requer o abandono dos preconceitos - de todos os tipos de preconceitos - relacionados com a raça, a classe social, a cor da pele, a crença religiosa, a nacionalidade, o sexo e o grau de civilização material. Em suma, de tudo aquilo que faz com que as pessoas se considerem superiores umas às outras.[2]
"Em épocas passadas foi revelado: "O amor à pátria é um elemento da Fé de Deus." A Língua da Grandeza proclamou... no dia de Sua manifestação:"Não se vanglorie o homem que ama o seu país, mas sim aquele que ama o mundo."[3] Através do poder que emana destas palavras sublimes, Ele prestou um novo impulso e deu uma nova direção às aves dos corações humanos, e apagou do Livro Sagrado de Deus todo traço de restrição e limitação."[4]
Preconceitos de religião[editar]
Na análise sobre a origem das guerras, nos tempos atuais verifica-se muito a religião. A Paz Máxima proposta por Bahá'u'lláh é irrealizável se não houver esforço para exterminar este preconceito, pois é entendido que a verdadeira religião não motiva, mas condena qualquer tipo de conflitos entre pessoas por quaisquer razões que sejam. 'Abdu'l-Bahá diz que se fosse realmente a religião causadora das guerras, seria melhor que não existisse religião, e já que a religião existe para estabelecer a paz e concórdia, é total ignorância quem se diz fiel de Deus incitar terror, arrogância ou desprezo entre os homens.
"A religião deve unir todos os corações e fazer desvanecerem-se da face da terra as guerras e disputas; deve dar origem à espiritualidade e trazer a cada alma vida e luz. Se a religião se torna uma causa de desgosto, ódio e divisão, seria melhor estarmos sem ela, e retirarmo-nos de tal religião seria um ato verdadeiramente religioso. Pois é claro que a cura é objetivo de um remédio, mas se o remédio apenas agravasse o mal, melhor seria abondoná-lo. Qualquer religião que não seja causa de amor não é religião."
Notas[editar]
- ↑ ´Abdu'l-Bahá, Palestras de ´Abdu'l-Bahá em Paris, 1911
- ↑ A Casa Universal de Justiça, A Promessa da Paz Mundial"
- ↑ Bahá'u'lláh
- ↑ Epístola do Mundo