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A Fé Bahá'í foi estabelecida em Portugal desde o final da década de 1940 do século XX. A Comunidade Bahá'í de Portugal conta hoje com milhares[1] de membros residentes em dezenas de dezenas de localidades de Portugal continental, Açores e Madeira.

Primeiras Referências[editar]

A primeira referência à Fé Bahá'í feita em Portugal é datado em 1878, no Dicionário Popular dirigido por Manoel Pinheiro Chagas e editado pela Tipografia do Diário Ilustrado em Lisboa.

Posteriormente, Eça de Queirós na obra A Correspondência de Fradique Mendes refere a Fé Babí, afirmando que o protagonista passara um ano e um dia na Pérsia para perceber como é que nasciam as religiões.

Crescimento da Comunidade[editar]

Os primeiros atos de divulgação da Fé Bahá'í em Portugal tiveram lugar em 1926, com a visita de duas bahá'ís americanas, Martha Root e Florence Schopflocher. Nessa ocasião as duas crentes proferiram conferências no Clube Rotário e ofereceram livros à Biblioteca Nacional de Portugal e na Universidade Politécnica. Os jornais Diário de Notícias e Diário de Lisboa deram noticiaram destas atividades e publicaram entrevistas.[2]

Só no final da 2ª Guerra Mundial é que se assistiu a um plano sistemático de divulgação e expansão da Fé Bahá'í em Portugal, com a chegada de pioneiros americanos que se estabeleceram em diversas localidades do nosso país. Como consequência desse plano, em 1949 foi eleita em Lisboa a primeira Assembleia Espiritual Local. Nos anos seguintes foram eleitas outras Assembleias Locais e em 1962 foi eleita pela primeira vez a Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá'ís de Portugal.

Durante o regime anterior da Revolução dos Cravos, os bahá'ís depararam-se com diversas problemas colocadas pelas autoridades portuguesas. Por várias vezes, o Centro Nacional Bahá'í em Lisboa, foi alvo de rusgas, tendo sido confiscado diversos livros, folhetos e cartazes; em Portugal e nas colónias, foram diversos os crentes chamados às instalações da PIDE para prestar declarações.[3] Na Guiné-Bissau, houve um crente que morreu na prisão depois de ter sido sucessivamente espancado;[4] nesse território onde houve pioneiros portugueses que foram expulsos por ordem das autoridades coloniais.

Após a revolução de 25 de Abril de 1974, desapareceram as restrições e impedimentos às atividades da Comunidade Bahá'í em Portugal. Em 1975, a Comunidade Bahá'í foi reconhecida como religião oficial.[1] Em 1999, a Comunidade Bahá'í de Portugal foi autorizada pelo Ministério da Educação a lecionar aulas de Educação Moral e Religiosa nas escolas públicas.[5][6] E em 2007 o Ministério da Justiça reconheceu os bahá'ís de Portugal como Comunidade Religiosa Radicada.[7]

Atividades da Comunidade[editar]

Atualmente existem milhares[1] de Bahá'ís em dezenas de localidades de Portugal continental, Açores e Madeira. Para divulgar a sua religião, os bahá'ís evitam atos de proselitismo agressivo e preferem envolver-se em campanhas de sensibilização social, colóquios e conferências públicas, distribuição de literatura, cursos de formação, exposições e espectáculos artísticos. Nestas atividades são abordados temas tão diversos como a defesa dos direitos humanos, a promoção da condição da mulher, o desenvolvimento social e econômico, a educação de valores, o meio ambiente.

Nos programas de televisão "A Fé dos Homens" e "Caminhos" dedicados às confissões religiosas, e emitidos na RTP2, também se registra com alguma regularidade a participação da Comunidade Bahá'í.[8]

No campo do diálogo inter-religioso em Portugal, a comunidade Bahá'í tem tido uma participação ativa, colaborando em diversos eventos, nomeadamente conferências organizadas pela Comissão de Liberdade Religiosa, por Universidades e por outros organismos públicos.[9]

Uma figura conhecida da Comunidade Bahá'í é o campeão olímpico Nelson Évora.[10]

Notas e referências[editar]

Veja também[editar]

Ligações externas[editar]